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É
preciso que a gente entenda que existem dois tipos de funcionamento cerebral.
Algumas pessoas funcionam por aproximação e outras por afastamento. O que que
significa isso? Algumas pessoas buscam se aproximar das coisas que elas querem,
enquanto outras buscam se afastar do que não querem.

Imagina
o seguinte, que todo mundo está no ponto A e quer chegar no ponto B. Agora,
imagina que o ponto A é uma situação financeira complicada, falta de dinheiro,
e o ponto B é a riqueza.

Se
o seu objetivo é se aproximar da riqueza, ou seja, chegar ao ponto B, o que vai
acontecer? Quanto mais você se afasta do ponto A e caminha em direção ao ponto
B, quanto mais perto você estiver do seu objetivo, se aproximando da riqueza,
mais você fica fortalecido, animado. Você diz: “estou chegando”, e isso vai
aumentando cada vez mais a sua força.

Agora,
imagina uma outra pessoa que funciona por afastamento. Ela está no ponto A, na
pobreza, e também quer chegar no ponto B, que é a riqueza. Mas ao invés de ter
como foco se aproximar da riqueza, ela quer se afastar da pobreza. Então, ela
começa a caminhada e ela vai se afastando, se afastando, se afastando… Quando
ela estiver lá pelo meio do caminho, ela começa a tentar lembrar: do que mesmo
que eu quero me afastar? Qual é o meu objetivo mesmo? O que eu queria lá no
início da jornada?

Como
a pobreza já ficou pra atrás, ela não lembra direito. Ela já caminhou um tempão
e não está se sentindo fortalecida pelo objetivo, porque o objetivo está lá
atrás, que era se afastar da pobreza. O que acontece com essa pessoa? Em um
determinado momento, ela perde o foco do que é que ela estava perseguindo. Para
ela voltar a se sentir fortalecida, ela vai dar um jeito de se sabotar, de
perder tudo para começar a caminhada de novo e de novo, voltar a ter que se
afastar da pobreza.

Essa
pessoa vive fazendo um ciclo de herói. Ela precisa de um inimigo, de um
problema, de um obstáculo, ela precisa de uma dificuldade, para quê? Para
sentir que ela vencedora, que ela deu a volta por cima, que venceu mais uma vez.
Esse perfil de pessoa inclusive se orgulha disso.

“Olha,
eu quebrei, mas eu fui lá e consegui me reerguer e aí eu quebrei de novo, mas
eu consegui me reerguer. E aí eu quebrei de novo…”

O
que ela não está percebendo é que ela está viciada nesse ciclo de herói em que
fracassa, levanta a cabeça, segue adiante, consegue vencer de novo. Mas aí
enfrenta um novo obstáculo, cai de novo, quebra, fracassa. E a luta é tão
importante para essa pessoa que ela vive arrumando batalhas, quando a vida
poderia ser muito mais leve se ela focasse nas coisas que ela quer e não no que
não quer.

E
como é que a gente muda o olhar? Como é que a gente para de olhar para o que
não quer e olha para o que quer?

No
lugar de olhar para a pobreza, olha para a riqueza. No lugar de olhar para a
solidão, olha para o amor. No lugar de olhar para a doença, olha para a saúde.

Você precisa treinar a mudança de olhar. E a ferramenta mais
poderosa que eu conheço para mudar o olhar se chama gratidão.

Não
essa gratidão que o senso comum está acostumado. Não é dizer “muito obrigado”
quando alguém te faz um favor. O nome disso não é gratidão, é educação. Mas
também não é aquela gratidão de uma vez por semana ir na igreja, ou agradecer a
Deus antes de dormir. O nome disso não é gratidão, é oração.

Claro
que educação é muito importante. Claro que a oração é fundamental, mas nada
disso é gratidão. Gratidão é mudança de olhar, é parar de olhar para o
obstáculo e olhar para a oportunidade, parar de olhar para o que está dando
errado e olhar para o que está dando certo.

Gratidão é parar de olhar para as maldições e olhar para as
bênçãos.

Simplesmente
a mudança de olhar muda tudo, porque a vida dá mais do mesmo. A vida dá para a
gente o que a gente coloca foco.

A
vida é como se fosse uma grande feira com frutas e verduras. Só que elas estão
invisíveis e você não consegue pegar, porque não está vendo. De repente, você
resolve colocar foco nas bananas e nesse momento as bananas aparecem e aí você
consegue pegar. Quando você dá foco para os morangos, eles aparecem e você consegue
agarrar os morangos. E assim por diante.

Na
verdade, nesse exato momento na sua vida, existem bênçãos e maldições. Existem
coisas boas e coisas ruins, só que você só vai conseguir pegar aquelas que você
estiver vendo. E se você está viciado em só olhar para o problema, para a
dificuldade, para a falta, a escassez financeira, a doença e a solidão é mais
disso que você vai ver. E é só isso que você vai conseguir agarrar.

Agora,
se você treinar o olhar para começar a perceber os pequenos momentos mágicos
que acontecem no seu dia a dia e agradecer no exato momento que eles acontecerem,
celebrar e comemorar, a vida vai entender que você gosta disso e vai te mandar
mais.

E
aí você agradece de novo e a vida manda mais e você agradece de novo e mais uma
vez a vida manda mais benção. Então, você entra num ciclo virtuoso onde nada
vai poder te parar. Você vai perceber que uma série de coincidências, que na
verdade eu chamo de “Deuscidências”, vão começar a
acontecer.

Você
vai estar no lugar certo, na hora certa para falar com a pessoa certa que vai
abrir a porta certa pra você. Simples assim.

Gratidão
é a chave que abre seu coração para receber todas as bênçãos, todos os
presentes que Deus tem para você e que ele só não está entregando, porque a
porta do teu coração está fechada. Na hora que você abrir, a benção não vai
mais parar de chegar.

Sim, você constrói a sua realidade. Eu não estou dizendo que
é fácil, mas é simples.

Não
tem nada complexo, não precisa estudar um monte sobre o funcionamento mental
para entender tudo isso, mas você precisa vigiar e orar, cuidar dos seus
pensamentos diariamente, várias vezes por dia, para se assegurar que seu foco
está na direção certa.

Sim,
você merece ser feliz. Esse é seu caminho. Esse é o seu momento. Essa é sua
vez.